É possível um relacionamento sem joguinhos?

 Uhum, esse título é bem midiáticos, mas espero conseguir te responder nesse texto que vem a seguir:
I think so. Será que isso são olhos e percepções de alguém apaixonada? Espero que não. Primeiro ponto importante: O que motiva joguinhos? A resposta mais primordial que encontrei foi: Medo de não reciprocidade no sentimento. 

Quanto mais desinteresse você demonstrar (fazer joguinho), mais fácil é de não ser frustrado com um sentimento não correspondido. E calma, não leve tão a sério a palavra sentimento, ela aqui está apenas se remetendo a por exemplo: tô afim de falar com ele, ou, quero ver ele, ou gosto dele ou estou apaixonada por ele ou até eu quero casar com ele! Enfim… vejamos que é abrangente. 

Logo ok, eu sei jogar, todos sabemos pois aprendemos na marra da vida, e ao nosso olhar, acredito que pareça, em muitos casos a melhor coisa a ser feita para atingirmos nossos objetivos, pois caso contrário, não seria feita;

Aiaiai, quantos erros se encadeiam disso… 

Chega de genéricos. Vou falar sobre o que está acontecendo comigo hoje, dia 26/04/2018. Estou conversando com um garoto, Fulano, que vi duas vezes na vida, aham, só isso. Mas que portanto é no momento, uma das pessoas com mais impacto na minha vida. Porque? Eu não sei, simplesmente começamos a conversar via mensagem, depois telefone, depois skype e foi criando-se a cada ligação uma bola de neve de encantamento. E detalhe, moramos a 700km de distância. Mas por que eu, em sã consciência ou mais ou menos, me apegaria a uma pessoa que mora tão longe? Eu também me perguntei isso e simplesmente a minha melhor resposta é: porque ele é incrível! As pessoas são únicas e aqui, em volta de mim, não tem ninguém que se aproxima do quanto eu acho esse guri legal e do quanto nos damos bem.

Aiai estou mudando de assunto, qual era o tema mesmo: Relacionamento sem joguinhos.

Ontem fiquei muito tentada por tomar uma atitude não tão verdadeira com meus sentimentos, podemos dizer então, um joguinho. Explico, acontece que eu tinha criado uma expectativa que ele viria me ver e em cima da hora ele desmarcou, desencadeando em mim em uma tristeza muito maior do que deveria ser para o efeito de alguém que eu vi tão pouco na vida. Fiquei afim então, ou de fingir que tava tudo bem para não mostrar fragilidade e parecer não ter me afetado, ou de falar que não queria mais falar com ele com uma leve esperança que isso iria prendê-lo a mim e também pois parte de mim realmente acreditava que naquele momento talvez era o melhor a ser feito. Mas, ao invés disso quando fui conversar com ele, para variar, rolou uma conversa muito, muito, muito verdadeira e logo, totalmente fora do roteiro que havia criado em minha mente enquanto dirigia e jantava;
Eu falei simplesmente tudo que havia na minha cabeça: minhas confusões e inseguranças, de quanto gostava dele e de quanto aquilo tinha me feito mal. E ele também, falou exatamente tudo que estava pensando e que para minha sorte/felicidade se encaixava quase perfeitamente aos meus pensamentos.
O resumo foi: esta situação era muito fácil, digamos mesmo perfeita para criar uma nuvem estranha de desconforto, insegurança, desconfiança e baixo estima, que estragaria de forma desastrosa o que tem sido uma aventura de autoconhecimento e paixão via hangout. Bastava termos deixado a mercê de nossas interpretações sobre o que o outro estava pensando a respeito, ou de por exemplo eu ter recusado de falar com ele para não mostrar minha fragilidade, ou que ele tivesse fingido não estar mal para não parecer demonstrar que gosta de mim.
Ao invés disso ignoramos as regras do não interesse para causar interesse, e nos expomos o máximo possível com o grande risco de não ser correspondido mas com a grande esperança de sermos entendidos e te tirar do peito todo aquele sentimento concentrado. 

Foi tão louco e sincero que praticamente quando acabou eu estava gostando mais dele do que dias atrás quando ainda achava que ele viria me ver.
Digo, é uma ilusão acharmos que gostamos de joguinho/desinteresse, pois eu sei, após vários testes que o que me deixa feliz é escutar que ele gosta, em suas palavras, “pra caralho de mim”, ou que ele realmente estava muito triste com a situação ou que realmente queria muito me ver. 
Isso me deixa feliz, isso me dá vontade de falar mais com ele, de ter algo com ele. Isso aproxima e ao mesmo tempo liberta. 
Talvez o contrário prenda mais, mas é como um investimento de curto prazo. Pode parecer que o resultado é mais rápido e eficaz, mais visível. Mas em longo prazo ninguém quer ter um relacionamento pesado, ninguém quer ter que viver em um mar de interpretação de joguinhos. 
E mais importante se você não jogar e quebrar a cara com sentimentos não correspondidos, pelo menos você não vai perder tempo com alguém que talvez você nem goste e que nem goste de você, mas que pelo mistério e joguinho você talvez demore um monte para descobrir. 

Meu conselho: me sinto andando em terras desconhecidas, e isso dá medo, mas também é muito bom, então sim, eu acho que um relacionamento sem joguinhos é possível, e que respondendo a pergunta do título acho que é possível sim uma conversa 100% sincera com o crush ;)



26/04/2018

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